As tecnologias da informação e comunicação (TICs) são elementos centrais no funcionamento da Plataforma. O Observatório identifica serviços e demandas que os diferentes atores envolvidos necessitam. A partir desse diagnóstico são desenvolvidas soluções, em serviços de comunicação integrados a tecnologias socias. A coleta de dados segue os princípios da “Ciência Cidadã”, baseada na participação informada, consciente e voluntária de cidadãos que geram e/ou analisam dados, partilham o seu conhecimento, discutem e apresentam os resultados.
As informações coletadas são traduzidas e disponibilizadas em mapas temáticos como suporte privilegiado. Outros suportes também serão contemplados, mas a cartografia e a utilização de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) são elementos centrais na proposta. A criação de um banco de dados para organizar as informações coletadas e a produção de conteúdo multimídia vão compor uma importante fonte pesquisa sobre a sociobiodiversidade.
A região do Médio e Baixo Xingú tem sofrido intensos processos de transformação da paisagem, como por exemplo a implementação da UHE de Belo Monte, com significativos impactos sobre os recursos naturais, em especial os recursos pesqueiros. A região abriga ainda um importante refúgio de fauna, que compreende tabuleiros de desovas de quelônios.
O ordenamento territorial e pesqueiro no médio e baixo Xingú busca trabalhar com as comunidades locais dos municípios de Vitória do Xingú, Senador José Porfírio e Porto de Moz, encorajando identificar áreas de uso para a pesca e áreas de conservação de espécies (ex. tabuleiros) a fim de definirem estratégias de conservação para a região. Esta iniciativa envolve pescadores, agricultores e órgãos governamentais, que serão estimulados adotar práticas sustentáveis e compartilhar informações importantes para a tomada de decisão sobre o ordenamento territorial e pesqueiro.