A região do Baixo Xingú tem sofrido intensos processos de transformação da paisagem, como a implementação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e a criação de Reservas Extrativistas, com significativos impactos sobre os recursos naturais, em especial os recursos pesqueiros e os tabuleiros de desovas de quelônios.
Para contribuir no processo de ordenamento territorial e pesqueiro do Baixo Xingu as instituições que integram a "Plataforma PESCA+" em parceria com as Colônias de Pesca de Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Porto de Moz iniciaram um processo de identificação de áreas de uso para a pesca e conservação de espécies (ex. tabuleiros) a fim de definirem estratégias de conservação e uso sustentável para a região. Essa ação se iniciou com a identificação de serviços e demandas que os pescadores da região apresentaram em oficinas realizadas nas sedes das Colônias de Pesca dos quatro municípios. A partir desse diagnóstico foram propostas soluções em tecnologia da informação e comunicação para suprir essas demandas.
As diretrizes estão sendo construídas de forma participativa no processo de desenvolvimento e implantação da Plataforma "PESCA+" com o objetivo de consolidar uma plataforma digital para coleta e armazenamento de dados que dê suporte às atividades de manejo dos recursos naturais realizadas na região.
A Plataforma oferece às Colônias de Pesca ferramentas para monitorar a atividade pesqueira e as transformações na sociobiodiversidade na região, criando sinergia entre as ações complementares das diversas instituições envolvidas na gestão e uso do território do Baixo Xingu.